Prefeito participa do lançamento do livro “Sinfonia da Desesperança”, de Carlos Cauê

Agência Aracaju de Notícias
22/12/2021 20h37

O prefeito Edvaldo Nogueira participou, na noite desta quarta-feira, 22, do lançamento do livro "Sinfonia da Desesperança", de autoria do escritor, jornalista e publicitário Carlos Cauê, que ocorreu no Centro Cultural de Aracaju. Em sua terceira obra, Cauê reflete sobre sentimentos, percepções e vivências das pessoas durante a pandemia do novo coronavírus. Carlos Cauê é, atualmente, secretário da Comunicação Social da capital.

"Cauê tem uma produção extraordinária e, agora, com esse livro de crônicas, ele conseguiu algo que só um artista conseguiria: tempo para sentir a natureza humana que pulsava nesta crise do coronavírus, ao mesmo tempo em que participava, ativamente, do enfrentamento à pandemia, como secretário da Comunicação. Com este livro, ele conseguiu captar o sentimento da sociedade, que viveu dois anos tão terríveis, em uma obra que, com toda certeza, nos leva à reflexão, não nos permitindo esquecer o aconteceu, mas, ao mesmo tempo, elevando nossos espíritos para o futuro", destacou Edvaldo.

O prefeito falou, ainda, sobre a amizade construída com Cauê, ao longo dos últimos 40 anos e a relevância do escritor para sua trajetória pessoal e política. "Cauê é um grande amigo que conheço desde 1981, quando começamos juntos o PCdoB, o movimento estudantil. Ele me sucedeu no DCE e temos uma amizade nestes anos todos, são 40 anos. Além de uma grande amizade, um carinho pessoal, Cauê sempre foi um parceiro de lutas políticas, de trabalhos que fizemos para melhorar a vida das pessoas. Além disso, Cauê sempre foi um intelectual, um dos grandes poetas, cronistas, dessas inteligências raras que temos em nossa cidade, nosso estado e no país", ressaltou.

"Sinfonia da Desesperança" contém 12 contos que abordam, ao longo de 116 páginas, a urgência e a diversidade das reações das pessoas diante da ameaça da covid-19. "A humanidade está vivendo um momento muito singular. São dois anos que estamos submetidos a um vírus, uma situação onde morreram muitas pessoas e que tivemos o cotidiano completamente alterado. O livro tenta flagrar exatamente esse impacto das vivências, das experiências, das emoções e sentimentos que as pessoas tiveram ao lidar com a pandemia. Este é o cenário em que está escrita a Sinfonia da Desesperança", explicou o escritor.

Cauê ressaltou que o acompanhamento ininterrupto de comunicação da Prefeitura durante o enfrentamento à pandemia, foi um fator determinante para a construção do livro. "O trabalho de comunicação institucional nos forçou a estar registrando, diariamente, tudo o que aconteceu em nossa cidade, a construção de hospitais, a situação das UTI's, os medicamentos, as imposições de regramentos na cidade para conter a disseminação do vírus, ou seja, nós vivemos de perto. E claro, todo mundo é humano, todo mundo sente. A pandemia impactou a todos nós existencialmente, socialmente, então é a partir disso que surgiu o livro", frisou.

O escritor destacou, ainda, que, para sua trajetória pessoal, o livro possui "um aspecto de catarse". "A gente não pode passar incólume vendo, no nosso país, por exemplo, morrer 600 mil pessoas, milhares no mundo todo. Não é possível ver que um número expressivo de pessoas foram dizimadas, que morreram, muitas ficaram com sequelas, então acredito que, todo ser humano, de um jeito ou de outro, sente isso", afirmou.

Carlos Cauê é publicitário e jornalista. Nasceu em Maceió/AL, mas reside em Aracaju desde o início dos anos 1980, quando ingressou na Universidade Federal de Sergipe. Cauê especializou-se em Marketing Político, comandando diversas campanhas eleitorais em Sergipe.

Foi presidente da Fundação Cultural de Aracaju e secretário de Cultura de São Cristóvão. Foi secretário da Comunicação do Governo de Sergipe e da Prefeitura de Aracaju. Escritor, publicou o livro de contos "Contos de Vida e Morte", em 1999, e o livro de poesias "Amorável", em 2014. Também é autor da peça "Viva - A Vida em um Ato", encenada em 2004.